Minha praia não é calma e suas águas não são cálidas e transparentes.
Ela não é sombreada por palmeiras nem guardada por montanhas.
É uma praia batida por ondas e repuxos violentos que transformam suas águas numa sopa fértil, mas pouco pitoresca.
Ela tem uma foz de rio, que para o litoral inóspito do Rio Grande é uma extravagância.
Mas minha praia é especial, é uma praia de convivência total.
Convivemos eu e todos os meus queridos com outros seres da terra e com seres do mar.
Esta singela foz de rio é sempre visitada por inúmeros botos ou golfinhos, que vêm aquí para pescar junto com os homens.
Eles, homens e botos, cooperam para buscar seu alimento.
O boto espanta o peixe para que os homens arremessem suas redes e eles, fazendo sua parte do trato, espantam para a boca do boto.
Simples, eficiente e magnífico.
Só vendo para apreciar na sua plenitude.
Feito o convite!
6 comentários:
muito legal
Mar aberto e mente aberta...
Reforço o convite:a família, a casa, as árvores, o mar e os botos estão esperando a visita!
Quanto tempo dedicado, sentindo o minuano gelado cortando a pele pela a breve e incomparável recompensa que é ver o boto subir na água e mirar os olhos na próxima onda.
Estive lá e estarei novamente, assim que Deus quiser.
Eu e os botos estamos esperando.
P.S.: A lancha é uma "petroleira".
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